sábado, 22 de maio de 2010

A New Dawn - Introdução - Ler ou não ler Crepúsculo.


A New Dawn- Seus Autores Favoritos sobre a série Crepúsculo de Stephenie Meyer.
A New Dawn é um livro que contém composições de vários novos autores onde eles discutem sobre a série de um jeito bem interessante e engraçado, desde como os livros podem ser comparados com as obras de Shakespeare até os prós e contras de se namorar um vampiro.
Edward é um romântico ou um (muito gostoso) sociopata?
Como a série Crepúsculo é como uma das tragédias de Shakespeare?
Quem você preferiria namorar: o cara que tem sede pelo seu sangue, ou o cara que bebe água do vaso sanitário?

Você não consegue ler a série Crepúsculo de Stephenie Meyer sem querer mais – mais romance, mais suspense, mais um pouco de Bella, Edward, Jacob, e o resto de Forks, Washington. Você não está sozinho.
Junte alguns de seus autores favoritos enquanto eles vêem a série com olhos frescos, e se apaixonarem por Bella e Edward, e seu mundo, tudo de novo.
Descubra:
- Como a literatura vampira passou de show de horrores para uma coisa piegas.
-Outros mitos Nativos Americanos sobre lobos, e como os lobisomens Quileute se comparam.
- O que o romance de Bella e Edward tem a dizer sobre livre arbítrio
-Porque vampiros e lobisomens realmente não deveriam namorar, e o que isso se relaciona com a insistência de Edward levar Bella ao baile.

Fonte de Traduzão: Site Twilight Team
A New Dawn – Seus Autores Favoritos sobre a série Crepúsculo de Stephenie Meyer.


INTRODUÇÃO Ler Crepúsculo ou Não Ler Crepúsculo
Ellen Hopkins
Leiam com cuidado, queridos leitores. Há um novo vampiro na cidade, e Edward Cullen definitivamente não é o vampiro de sua mãe. Okay, ele tem sim algumas coisas em comum com os clássicos sugadores de sangue como Lestat de Anne Rice. Ele é culto. Insanamente sedutor. Completamente deslumbrante e sexy. Lindo de morrer, de fato. (Desculpe, não pude evitar o trocadilho, e você irá ter mais nesse livro. Autores simplesmente amam coisas assim.) Mas o que faz Edward ser tão viciante não é sua imortalidade. É sua permanente humanidade.
Okay, confissão. De primeira eu fiquei espantada com o sucesso de Crepúsculo e suas seqüências, Lua Nova e Eclipse. Oh, eu sempre entendi o encanto de um vampiro. Por muitos anos eu fui, de fato, uma dedicada leitora de livros de terror. Stephen King e Dean Loonts sempre estiveram no topo de minha lista de leitura, junto com autores clássicos como Edgar Allan Poe, Bram Stoker, e Mary Shelley. Quando a Sra. Rice chegou, eu devorei seus livros, assim como seus personagens devoraram suas vítimas inocentes. Se eu pudesse culpar os livros de Rice, seria por suas pesadas descrições, que algumas vezes superavam a ação. Eu preferia a calma de King, que a narração me fascinava em um nível tão instintivo que eu não entendia até me tornar uma escritora.
Veja bem, como escritores, nós geralmente analisamos os trabalhos que amamos ler. O que nos levou até eles? Porque eles funcionaram para nós? O que nos faz continuar virando as páginas? Quando eu voltei atrás para entender o porquê de eu amar os livros de Stephen King, acabou se centrando em uma coisa. O personagem.
Sim, ele escreve histórias de alto conceito, mas elas envolvem os personagens, algo que eu me esforcei para fazer com meus próprios livros. King é o mestre dos personagens. Ele pega pessoas comuns e as coloca em situações horríveis. Como elas lidam com essas situações tem tudo a ver com o que elas são como humanos. King toca no coração de todos nós – nossa humanidade compartilhada.
Mas o que é isso com o fenômeno Stephenie Meyer? Ela disse que primeiramente pensou em Crepúsculo como um “suspense romântico com uma comédia de terror.” O que exatamente é isso? E por que alguém iria querer ler isso? Eu não achei que gostaria, e eu resisti por muito tempo. Eu nunca li livros apenas porque todo mundo estava lendo. Por que começar com esse? Um primeiro romance, 500 páginas, inspirado por um sonho e escrito em três meses? Ler Crepúsculo ou não ler Crepúsculo? Definitivamente não ler.
E então eu comecei a notar um fato interessante. Seu público com meu envoltório. Como isso poderia acontecer? Eu não escrevo horror (A não ser o fato de que uma vez eu achei que seria o próximo Stephen King). Além de não escrever suspense, comédia ou romance. Eu escrevo ficção contemporânea irritante. Eu escrevo sobre drogas. Suicídio. Abuso. E não o tipo de abuso que resulta de um morto sendo mastigado por um dos meus protagonistas. O que em nossos livros poderiam ter em comum?
O único jeito de descobrir, é claro, foi ler eles. E quando eu fui convidada para contribuir com essa antologia, tive a desculpa perfeita para fazer o que eu jurei nunca fazer – ler Stephenie Meyer. Eu escolhi Crepúsculo com um pouco de medo. Eu escutei muito sobre o livro – ambos bons e maus. Eu supus que todos os livros têm fãs e o que quer que seja o oposto de ‘fãs’. (“Pessoas que não gostam deles” é horrivelmente incômodo. Antônimo para ‘fã’, alguém?)
Agora eu já li os três livros. Porque eu sou uma escritora, eu normalmente leio com um olho diferente que alguém que lê apenas por prazer, e minha opinião é certamente influenciada pelas minhas próprias idéias sobre boa escrita e o que faz uma leitura ser convincente. Sem mencionar o que faz um personagem interessante. Meyer, formada em literatura Inglesa, disse que sua autora favorita é Jane Austen, e há um toque evidente de Jane Austen na escrita de Meyer. Sua narração corre como uma lenta e forte correnteza, com uma margem rica de advérbios e adjetivos. Mais próxima de Rice do que King, e definitivamente nada com meu próprio estilo, que é mais como uma tempestade de granizo, com grandes desgastes na página. Não. Nenhum tipo de semelhança aqui.
Pois então, e quanto a nossas heroínas? A Bella de Meyer é defeituosa, e certamente, minhas protagonistas femininas também. Não uma única no bando, e assim como Bella, todas fazem decisões erradas ao longo de suas jornadas. Mas Meyer, que se definiu como uma adolescente ‘comum e boa’, escreve sua Bella como uma garota comum e boa, também. Quando errada ou machucada, ela tende a evitar, ou transformar em um lugar privado e sagrado onde os outros não podem a tocar. Eu prefiro escrever sobre “garotas encrenqueiras e diferentes.” Apesar de todas serem decentes em sua essência, quando são forçadas a reagir, elas fazem mais o tipo de vingarem-se do que ficarem sofrendo em silêncio.
Se as leitoras de Meyer amam Bella, como elas podem ser levadas as jovens mulheres em meus livros? Hmm. A questão exata.
Isso nos leva aos nossos principais homens. As leitoras de Meyer parecem ter formado dois clubes: As Tudo Edward e as Apenas Jacob.
No começo, Jacob é o underdog* (underwolf?), mas seu ‘pacote’ ama cada pedacinho dele assim como o outro grupo ama Edward. Ambos os personagens podem ser categorizados como “lindos garotos malvados com grandes corações.” Eu definitivamente tenho um pouco disso nos meus livros. Mas eu também tenho lindos garotos bons, e garotos malvados com corações minúsculos. Então não, nossos heróis, se é que você pode os chamar assim, não tem tudo isso em comum. Então qual é a das grandes comparações?
Enquanto eu leio a composição desse livro, algumas palavras e frases continuam surgindo. Amor. Romance. Amor não recompensado. Saudades. A procura do lugar que pertence. Sedução. Obsessão. Conexão. Falta de conexão. Amor. Perdão. Paixão. Medo. Medo de envelhecer. Amor, finalmente algo bateu. Meus livros têm todos esses elementos, também. E essas coisas vão direto para o coração da gente, como pessoas.
Os livros de Meyer e meus livros têm algo bem básico em comum. Eles falam, como os livros de Jane Austen e Stephen King, com nossa comum humanidade.
Se você pergunta para alguém sobre o que é Crepúsculo, as chances são, eles dizem “vampiros.” Lua Nova? Lobisomens, é claro. Mas se você der uma boa olhada, uma boa olhada em Edward e Jacob, ambos são mais humanos que monstros. Eles desejam. Têm medo. Obsessão. Buscam por conexão. E acima de tudo, eles amam, e o amor incondicional que eles sentem por Bella é o tipo de amor que todo o ser humano instintivamente procura. Os livros de Stephenie Meyer não são sobre monstros. Eles são sobre pessoas procurando por amor eterno, algo que ressoa não só com suas e minhas leitoras, mas com todos os leitores. Ao abrir aquelas capas maravilhosas dos livros, nós nos afundamos no amor de Edward e Jacob por Bella e nós absorvemos isso, página por página.
E quem não precisa de um pouquinho mais de amor?
*Underdog significa perdedor e nesse caso a autora faz um trocadilho entre dog e wolf, por Jacob não ser um cachorro (dog) e sim um lobo (wolf).

Continua ......


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